terça-feira, 17 de maio de 2011

Hábito alimentar pode combater depressão






Segundo nutricionista, medidas simples e preventivas afastam o problema para longe

Nos últimos anos assistimos a um aumento na venda de remédios antidepressivos nos países industrializados. O Brasil também figura nesta lista. Sabemos dos efeitos dos alimentos para as doenças cardiovasculares, a artrose, a diabetes e o câncer. Mas, e a depressão? Descubra como a mudança de hábitos alimentares pode ajudar na bioquímica do nosso corpo e combater os efeitos da doença.

A nutricionista Tatiana Camargo, especialista em nutrição funcional em Minas Gerais, explica como o desequilíbrio na alimentação pode piorar o quadro da depressão. “As carências alimentares levam ao estresse crônico, que por sua vez levam a um estado depressivo para, enfim, se transformar na depressão”. Medidas simples e preventivas afastam o fantasma da depressão para longe, diminuindo seus efeitos e evitando as recaídas. “Uma alimentação saudável e equilibrada é capaz até de melhorar a ação dos medicamentos”. Além disso, determinados elementos nutricionais melhoram a recepção dos neutransmissores. “São eles os responsáveis pelas nossas emoções e sensações. Com a doença, os neurônios ‘capturam’ menos neurotransmissores”.

Para a nutricionista, ingerir alimentos ricos em vitaminas, especialmente as do complexo B, sais minerais, ácido fólico e glicídeos, que estimulam a produção da serotonina – hormônio que reduz a sensação de dor, diminui o apetite e melhora a qualidade do sono – é fundamental para quem sofre com a depressão.

Saiba agora o que não pode ficar de fora do seu prato, de acordo com a nutricionista:

Ácido fólico: “Considerado um antidepressivo natural, estimula a produção de serotonina”. É encontrado em aspargos, arroz branco, espinafre, feijão branco, brócolis, abacate, amendoim, laranja, couve de Bruxelas, maçã, soja e fígado.

Cálcio: “Essa substância participa da transmissão dos impulsos nervosos”. É encontrado em amêndoas, brócolis (folhas e caule), couve, castanha-do-pará, leite e derivados.

Vitamina B6: “Esta vitamina participa do processo de produção de neurotransmissores”. É encontrada no fígado, frango, atum, banana, cereais integrais, levedo de cerveja, arroz integral, alho e sementes de gergelim.

Triptofano: “Aumenta a produção de serotonina”. É encontrado em carnes magras, peixes, leite, iogurte desnatado, queijos brancos e magros, nozes e leguminosas.

Magnésio: “Está presente na transmissão de impulsos nervosos e também participa no controle dos níveis de serotonina”. É encontrado no tofu, soja, caju, tomate, salmão, espinafre, aveia, arroz integral.

Selênio: “A carência desse mineral traz mudanças no estado de humor das pessoas”. É encontrado em ostras, castanha-do-pará, nozes, amêndoas, atum, semente de girassol, trigo integral, peixes.

Ômega-3: “Este tipo de gordura é importante para a saúde do cérebro em geral. A substância já foi usada em diversos estudos e mostrou ser eficaz no combate a depressão”. É encontrada no salmão, atum, bacalhau, cavalinha, sardinha, truta, óleos de peixe e sementes de linhaça.

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